quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Uma Gaiola de Ouro", de Camilla Läckberg (Suma de Letras, 2019)



Li "Uma Gaiola de Ouro", de Camilla Läckberg. Gostei mesmo muito. Um registo totalmente diferente dos outros livros da autora, duro e muito mais pesado. Com personagens muito marcadas pelas circunstâncias em que vivem/viveram, que tentam sobreviver da melhor forma que conseguem, fazendo escolhas de início nem sempre compreensíveis. Mais uma vez o tema da violência doméstica, em várias das suas vertentes, e tudo o que daí resulta. Vingança, sobrevivência, luta, a prender-nos, literalmente, desde a primeira página. Muito difícil de parar de ler!

Sinopse:
"Aparentemente, Faye parece ter tudo. Um marido perfeito, uma filha que adora e um apartamento de luxo na melhor zona de Estocolmo. No entanto, algumas memórias sombrias da sua infância em Fjällbacka assombram-na e ela sente-se, cada vez mais, como se estivesse presa numa gaiola de ouro. 
Antes de desistir de tudo pelo marido, Jack, era uma mulher forte e ambiciosa.
Quando ele a trai, o mundo de Faye desmorona-se e ela perde tudo, ficando completamente devastada. É então que decide retaliar e levar a cabo uma cruel vingança..."

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

"Negro como o mar", Mary Higgins Clark (Bertrand Editora, 2019)




Li Negro como o mar, de Mary Higgins Clark (Bertrand Editora, 2019). Um policial levezinho, cheio de mistério, no registo habitual da autora. Lê-se com muita facilidade, rapidamente e com algumas surpresas. Ótimo para quem gosta de policiais que não sejam muito pesados ou demasiado duros. Passa-se durante um cruzeiro, com crimes pelo meio e uns quantos suspeitos. Voltamos a encontrar Alvirah e Willy Meehan, já conhecidos de livros anteriores e que dão um toque familiar à história.

Sinopse:
"O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, que supostamente pertenceu a Cleópatra, desapareceu...
O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu contabilista aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo proprietário? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora? A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama."

sexta-feira, 26 de julho de 2019

"Um Comércio Respeitável", de Philippa Gregory (Porto Editora, 2013)




Um excelente romance histórico, para quem gosta deste género. Eu gosto muito, aliás, gosto sempre dos livros da autora. É um romance passado no século XVIII, em Inglaterra, no tempo do comércio de escravos. A autora leva-nos até àquela época, através de uma escrita que nos transporta para os diversos locais onde a história se desenrola, sempre sem pausas, com um ritmo que nos faz não querer parar de ler. São abordados os temas da escravatura, dos negócios em que tudo era feito sem respeito pelos direitos humanos mais básicos, das regras de uma sociedade que vivia de aparências... Gostei muito, mas sou suspeita, porque gosto muito de romances históricos e particularmente dos da Philippa Gregory. Mais uma nota para a tradução de Maria do Carmo Figueira, que está muito boa.

Sinopse:
"1787. Bristol é uma cidade em franco crescimento, uma cidade onde o poder atrai os que estão dispostos a correr riscos. Josiah Cole, um homem de negócios que se dedica ao comércio de escravos, decide arriscar tudo para fazer parte da comunidade que detém o poder na cidade. No entanto, para isso, Cole vai precisar de capital e de uma esposa bem relacionada que lhe abra as portas necessárias.
Casar com Frances Scott é uma solução conveniente para ambas as partes. Ao trocar as suas relações sociais pela proteção de Cole, Frances descobre que a sua vida e riqueza dependem do comércio respeitável do açúcar, rum e escravos.
Entretanto, Mehuru, um conselheiro do rei de Ioruba, em África, é capturado, vendido e enviado para Bristol, onde será educado nos padrões ocidentais por Frances, por quem inexoravelmente, se irá apaixonar.
Em Um Comércio Respeitável, Philippa Gregory oferece-nos um retrato vívido e impresionante de uma época complexa onde impera a ganância e a crueldade que devastaram todo um continente."

sábado, 20 de julho de 2019

"A Grande Solidão", Kristin Hannah (Bertrand Editora, 2019)




Já não há muito mais que possa ser dito acerca deste livro... mas eu só o li agora, por isso, embora tarde, ainda gostaria de dizer uma ou duas coisas! Gostei mesmo muito, é incrível como nos sentimos no Alasca! Toda a descrição da vida naqueles locais é impressionante, é como se lá estivéssemos; muito, muito bom. As personagens são muito bem construídas, com uma evolução constante. A história é, infelizmente, mais comum do que se desejaria, com o tema da violência doméstica a prevalecer. Todo o sofrimento, a angústia, o desespero, a falta de esperança, enquadrado noutras situações também difíceis, e algumas tão longe da nossa realidade, dão que pensar e constroem um livro que vale a pena ler, sem qualquer dúvida. Só uma palavra para a excelente tradução (Marta Pinho), que faz toda a diferença para que um livro seja ótimo e não apenas bom.

Sinopse:
"1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido.
Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias soalheiros e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexoeriência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright.
À medida que o inverno se aproxima e a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas."

segunda-feira, 15 de julho de 2019

"A Bela Adormecida Assassina", de Mary Higgins Clark e Alafair Burke (Bertrand Editora, 2018)




Li "A Bela Adormecida Assassina", de Mary Higgins Clark e Alafair Burke (Bertrand Editora, 2018). Os primeiros policiais que li foram desta autora. Lêem-se muito facilmente, são levezinhos e têm normalmente um final completamente inesperado... Gosto muito.

Sinopse:
"Há quinze anos, Casey foi acusada de assassinar o noivo, um famoso filantropo, mas sempre afirmou a sua inocência. Cumpriu a pena, mas continua "sob suspeita".
Falam nas suas costas, não consegue arranjar emprego e até a própria mãe a trata como se fosse culpada. Agora, com o programa de Laurie, tem a última oportunidade de limpar o seu nome.
Alex Buckley faz uma pausa (interrompendo o potencial romance com Laurie) e é substituído por Ryan Nichols, um brilhante advogado de Harvard, que se opõe à apresentação do caso, porque tem a certeza de que Casey é culpada.
Laurie tem de enfrentar todos estes obstáculos para provar de uma vez por todas a inocência de Casey. Isto, claro, se ela estiver inocente..."

quarta-feira, 10 de julho de 2019

"Um dia naquele inverno", de Sveva Casati Modignani (Porto Editora, 2012)



Li Um dia naquele inverno, de Sveva Casati Modignani (Porto Editora, 2012). Já li diversos livros da autora e gosto sempre, de uns mais do que de outros. Este lê-se muito bem, sem perdas de ritmo, mas não foi dos meus preferidos... Acho que um dos fios condutores da história tem pouca lógica e que há uma certa falta de coesão em algumas partes; na minha opinião, claro! Temos mais uma vez a história de uma família italiana, com um elemento francês, que nos é contada entre o passado e o presente, dando relevo em cada uma das partes em que o livro se vai dividindo a uma personagem distinta. Gostei.

Sinopse: 
"Numa grande mansão, às portas de Milão, vivem os Cantoni, proprietários há três gerações da homónima e prestigiada fábrica de torneiras.
Aparentemente, todos os membros da família levam uma vida transparente, mas, na realidade, todos eles escondem segredos que os marcaram; existem situações que, ainda que conhecidas por todos, permanecem um tema tabu. Omite-se até a loucura de que sofre Bianca, a matriarca desta dinastia.
Um dia, entra em cena Léonie Tardivaux, uma jovem francesa sem dinheiro e sem parentes, que casa com Guido Cantoni, o único neto de Bianca. Léonie adapta-se bastante bem à rotina familiar, compreendendo a regra de silêncio dos Cantoni. Isso não a impede de ser uma esposa exemplar, uma mãe atenta e uma gerente talentosa, que, com bastante êxito, conduz a firma pelo mar hostil da recessão económica. No entanto, também ela cultiva o seu segredo, aquele que todos os anos, durante apenas um dia, a leva a largar tudo e a refugiar-se no Lago de Como."

quinta-feira, 4 de julho de 2019

"Pão, Mel e Amor", de Jenny Colgan



Li Pão, Mel e Amor, de Jenny Colgan (Leya - Quinta Essência, 2015). É um livro levezinho, de leitura muito fácil e que nos permite descansar de leituras mais pesadas. Nesta fase mais complicada em termos de trabalho, precisava de uma leitura que não exigisse demasiada concentração e que não fosse muito intensa. E este livro cumpriu as expectativas. Tem como cenário uma aldeia inglesa em que todos se conhecem, com características muito próprias e personagens interessantes. A história não é uma novidade mas é daquelas que é sempre agradável ler. Além disso, é um livro que fala de comida, pão principalmente, e que ainda traz algumas receitas... é um tema que me agrada particularmente!

Sinopse:

"Polly Waterford está a recuperar de um relacionamento tóxico. Incapaz de pagar a prestação do apartamento, tem de se mudar para longe de toda a gente que conhece, e vai parar a uma pequena estância balnear sonolenta, onde vive sozinha por cima de uma padaria abandonada. 
Polly começa então a sublimar as frustrações no seu passatempo favorito: fazer pão. O que antes era uma ocupação de fim de semana torna-se de repente muito importante, à medida que ela extravasa as suas emoções no amassar e no bater da massa, e o pão se vai tornando cada vez melhor. Com nozes e sementes, azeitonas e chouriço, com mel da região (cortesia do belo apicultor, Huckle), e com reservas de determinação e criatividade que Polly nunca julgou ter, ela coze e coze e coze... E as pessoas começam a ouvir falar disso. Às vezes, o pão é realmente a vida... E Polly está prestes a reclamar a sua."

Comentários / Críticas:

"Com um ritmo enérgico, é um livro divertido, comovente e carregado de boas observações."
Daily Mail

"Uma história de amor inteligente e espirituosa."
Observer

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Já li... "Na Boca do Lobo", de M. J. Arlidge (Topseller, 2016)




Acabei de ler "Na Boca do Lobo", de M. J. Arlidge. O autor "trabalha em televisão há 15 anos, tendo-se especializado em produções dramáticas de alta qualidade. Nos últimos anos produziu um grande número de séries criminais passadas em horário nobre na ITV, rede de televisão do Reino Unido". Esta pequena introdução para mostrar que ler o livro é como estar a ver um filme ou uma série policial. É um livro muito sombrio, violento, que nos dá a conhecer personagens complicadas, cheias de problemas e com um passado e um presente difíceis. Tem um ritmo rápido, não há perdas de tempo e apresenta um final completamente inesperado.
De referir que, embora se consiga perceber bem a história de cada um dos livros em que a detetive Helen Grace é a protagonista, não deixa de ser melhor lê-los por ordem...
Gostei e já tenho mais um livro do autor à espera na estante!

sábado, 22 de junho de 2019

"Frágil", de Jodi Picoult (Civilização Editora, 2009)



Já li este livro há algum tempo, mas sei que gostei muito. Aliás, normalmente gosto muito dos livros desta autora; são sempre sobre situações em que há um dilema, uma escolha a fazer. Não são escolhas fáceis, não há preto e branco, não há a razão só de um lado. A vida é isto mesmo, há muitas zonas cinzentas e quando tomamos uma decisão, há sempre consequências que não se podem evitar.

Sinopse:
"Willow, a linda, muito desejada e adorada filha de Charlotte O´Keefe, nasceu com osteogénese imperfeita - uma forma grave de fragilidade óssea. Se escorregar e cair pode partir as duas pernas, e passar seis meses enfiada num colete de gesso.
Depois de vários anos a tratar de Willow, a família enfrenta graves problemas financeiros. É então que é sugerida a Charlotte uma solução. Ela pode processar a obstetra por negligência - por não ter diagnosticado a doença de Willow numa fase inicial da gravidez, quando ainda fosse possível abortar. A indemnização poderia assegurar o futuro de Willow. Mas isso implica que Charlotte tem de processar a sua melhor amiga. E declarar em tribunal que preferia que Willow não tivesse nascido..."

Comentários/Críticas:
"Picoult (...) tece uma teia de narrativas paralelas para expor temas como esperança, arrependimento, identidade e família, que conduzem às reviravoltas finais que são a sua imagem de marca."
Publishers Weekly

"Soberbo, complexo e ameaçadoramente real."
The Times

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Estou a ler... "Na Boca do Lobo", de M. J. Arlidge (Topseller, 2016)



Estou a ler "Na Boca do Lobo", de M. J. Arlidge. A leitura tem estado a arrastar-se, não por falta de interesse mas de tempo... 
Este livro faz parte de uma série em que a protagonista é a detetive Helen Grace (quinto livro da série).

Sinopse:
"Quando a detetive Helen Grace encontra a vítima no chão, presa a uma cadeira, percebe que não se trata apenas de um jogo sexual que terminou mal - as provas demonstram que o agressor dispusera dos meios para libertar o seu refém, mas decidira não o fazer. Ao remover a fita adesiva do rosto da vítima, Grace reconhece-a: trata-se de alguém com quem mantinha um relacionamento de que ninguém pode saber.
Helen inicia uma autêntica caça ao assassino, ao mesmo tempo que luta por manter a sua vida privada em segredo. Contudo, as várias pistas seguidas revelam-se infrutíferas, e surge um novo homicídio. 
Travando uma batalha contra o tempo, Helen enfrenta uma escolha impossível: confessar os seus segredos mais obscuros e perder o controlo do caso, ou ocultar a verdade e arriscar-se a cair numa armadilha?"

Críticas / Comentários:
"M. J. Arlidge é o novo Jo Nesbo."
                               Judy Finnigan


segunda-feira, 17 de junho de 2019

"O Mundo de Enid Blyton", de Alice Vieira (Texto Editores, 2013)




Queria comprar este livro há já algum tempo mas estava à espera de alguma promoção. Nunca consegui até que o encontrei na "Déjà Lu" - não sei se conhecem mas é "uma livraria de livros já lidos, cujas receitas revertem a favor da Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21" e que fica em Cascais. É um livro que dirá bastante a alguns e muito pouco ou nada a outros. A mim diz-me muito, visto que uma boa parte da minha infância foi passada na companhia das personagens dos livros da Enid Blyton - "Os Cinco", "Os Sete", "As Gémeas", "O Colégio das Quatro Torres", a coleção "Mistério... todos eles naquelas edições mais antigas que se vêem na capa deste livro. 
 Alice Vieira dá-nos a conhecer a vida de Enid Blyton, que é afinal tão diferente daquelas vidas tranquilas das suas personagens. Encontramos também testemunhos de variadíssimas pessoas que, de uma forma ou de outra, foram influenciadas pelos livros da autora britânica. 

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Já li... "Dominus", de Tom Fox



Acabei de ler "Dominus", de Tom Fox (Topseller, 2016). O que posso dizer é que as expectativas se concretizaram: gostei mesmo muito. Do início ao fim o ritmo é intenso, sem grandes paragens e faz com que não queiramos parar de ler. Tudo se passa em poucos dias, em Roma e com personagens interessantes e completamente diferentes umas das outras. São levantadas algumas questões ao longo do livro que nos fazem pensar. Até que ponto podemos pensar que temos alguma privacidade? De que maneiras somos manipulados e em quê? Desde as nossas transações financeiras, as nossas crenças, a nossa forma de pensar, aquilo em que acreditamos, aquilo em que somos levados a acreditar... Como pode ser medida a nossa fé? A pura vontade de querer que alguma coisa aconteça pode torná-la realidade? E para além de tudo isto, até que ponto pode ir a confiança em instituições poderosas e milenares? E será que essa confiança pode ser abalada pelos erros de homens? 
Mais do que dar respostas, este livro levanta inúmeras questões, que aparecem entrelaçadas com crimes e mistérios. Muito bom, acho que valeu mesmo a pena!
  

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Estou a ler... "Dominus", de Tom Fox



Comecei a ler "Dominus", de Tom Fox. Gostei da sinopse e da capa. Parece-me o género de Dan Brown, de quem gosto mesmo muito. Vamos ver se corresponde às expectativas. Depois conto.

Sinopse:

"A catedral do Vaticano tem a sua lotação completamente esgotada, num dia em que o Papa Gregório XVII celebra uma missa. Um estranho misterioso dirige-se temerariamente na direção do altar e ordena ao Papa, que está preso a uma cadeira de rodas, que se erga.
O Papa ergue-se.
O milagre deixa o mundo siderado.
Quem é este estranho com tanto poder sobre o Papa?
A medida que mais milagres acontecem e que o Vaticano encerra as suas portas ao mundo por questões de segurança, a agente policial Gabriella Fierro e o jornalista Alexander Trecchio embarcam numa investigação perigosa para encontrar uma explicação que acalme uma nação à beira da histeria.
Será esta a segunda vinda de Cristo ou o sinal do fim dos tempos?"

Críticas / Comentários:

"Dominus é um thriller cheio de ação e reviravoltas, com um mistério intrigante na sua raiz, e que garantidamente nos vai fazer virar as páginas a uma velocidade furiosa desde a deslumbrante sequência inicial até ao impressionante final."

Lancashire Evening Post

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Já li... "Mãe", de Pearl S. Buck



Acabei de ler ontem "Mãe", de Pearl S. Buck, Prémio Nobel da Literatura em 1938. Gostei muito, como aliás já estava à espera. Uma sociedade tão diferente da nossa, com tradições e rituais muito próprios, que nos é dada a conhecer de uma forma muito simples, e ao mesmo tempo tão interessante. De fácil leitura, o que à partida poderia parecer que seria um tema que não nos diria nada, revela-se uma história que nos faz sempre querer saber mais. A aceitação por vezes, a revolta por outras, a culpa quase permanentemente, dão-nos a conhecer uma mulher que faz tudo para conseguir sobreviver dignamente, bem como para garantir a sobrevivência da família. Uma vida quase insuportavelmente difícil mas que é vivida corajosamente, com muita força e com medos que têm de ser forçosamente enfrentados e superados.
Um livro que aconselho, sem qualquer dúvida.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Feira do Livro de Lisboa 2019



Mais um ano... É sempre bom voltar à Feira do Livro. Uma tradição que vem desde que me lembro, com o meu pai e a minha irmã. Chegar a casa com os sacos de livros, abri-los, folheá-los, sem pressa, sem qualquer pressa, para que tudo durasse o máximo de tempo possível! Lembro-me de querer ler primeiro os da minha irmã, embora mais infantis, para saber que ainda tinha os meus, quase intocados, à minha espera. E o difícil que era, conseguir guardá-los para ler nas férias! Sim, não podia lê-los todos logo de seguida; então e as férias, três meses de férias, tanto tempo para preencher... E os dias rendiam, havia tempo para tudo, mas sempre a pensar que os livros estavam lá, à minha espera... E quando acabavam os novos, bem, lá tinha de recomeçar e ler alguns dos que já tinha lido há mais tempo!
Agora, em cada visita à feira, já não é possível comprar tantos... mas vêm sempre alguns e acontece o mesmo: olho para eles, folheio-os e guardo-os, com calma, sabendo que eles ficam ali à minha espera... 

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Estou a ler... "Mãe", de Pearl S. Buck



Estou a ler "Mãe", de Pearl S. Buck. É uma autora de que gosto bastante, já li três dos seus livros. O primeiro foi uma descoberta, teria uns 10 ou 11 anos, e foi-me dado por alguém que teve uma enorme influência e importância na minha vida, a todos os níveis. Era uma prima, que foi uma terceira avó, e que me ofereceu o livro "Histórias Maravilhosas do Oriente". Gostei tanto que o reli vezes sem conta ao longo da adolescência e já em adulta.
Comecei a ler este, editado pela Texto em 2005. É uma escrita de que gosto muito mas com temas que, possivelmente, não agradarão a todos. Tudo se passa numa cultura a "anos-luz" da nossa, o que nos faz abrandar um pouco o ritmo alucinante em que vivemos. Pelo menos, é o efeito que tem em mim. Um destes dias, digo mais alguma coisa...

Sinopse: 

"Nesta obra Pearl S. Buck descreve de um modo quase pictórico a vida simples e rude do povo Chinês, numa época que é pouco conhecida. A narrativa vivida e pormenorizada permite que o leitor capte toda a simplicidade e intensidade dos tempos descritos em "Mãe".
Ao penetrar no espírito da camponesa, Pearl S. Buck dá a conhecer os sentimentos mais profundos da mente e do coração de uma mulher e de uma mãe. Fá-lo de uma maneira comovente, enérgica e mesmo violenta. A personagem, sem qualquer dúvida estóica, assume uma grandeza sem par pela forma como encara e ultrapassa os obstáculos que a vida lhe coloca. Uma vida longa, árdua e solitária."

terça-feira, 28 de maio de 2019

Já li... "Desapareceram...", de Haylen Beck



Acabei ontem. E confirmou-se o que já esperava, gostei muito. Recomendo para quem gosta deste género - policial, suspense. Dá vontade de não parar de ler, tem um ritmo intenso mas de muito fácil leitura. Aborda temas como a violência doméstica - física e psicológica -, a violência policial, o submundo da internet, o pensar-se que se tem direito a tudo só porque nunca se teve nada, mesmo passando por cima de tudo e todos e desrespeitando os mais básicos direitos humanos... Tudo isto se entrelaça numa história que pode acontecer em qualquer local, infelizmente, e que nos mostra como a vida nos pode "passar rasteiras", a todos os níveis. Gostei mesmo muito, embora uma parte do final me tenha sabido a pouco...

"Desapareceram...", de Haylen Beck
Editorial Presença, 2017
326 páginas

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Estou a ler... "Desapareceram", de Haylen Beck




Comecei a ler Desapareceram, de Haylen Beck (pseudónimo de Stuart Neville), da Editorial Presença. Até agora estou a gostar muito... Daqui a uns dias confirmo (ou não!) as primeiras impressões.

Sinopse:

"Audra anseia chegar à Califórnia.
 Finalmente arranjou coragem para fugir do marido que a maltrata, podendo assim proporcionar a si e aos seus dois filhos um novo começo. Juntamente com Sean e Louise, atravessa o país, por estradas secundárias, discretamente e com toda a cautela para não chamar a atenção.
Quando um enigmático xerife a manda parar em pleno deserto do Arizona, Audra faz tudo para se manter calma e esconder o nervosismo. Tem mesmo de o fazer. Mas, ao revistar a carrinha de Audra, o xerife retira da bagageira um saco com marijuana que ela nunca tinha visto e o seu estado de nervos transforma-se em pânico. Ela julga que aconteceu o pior.
Mas está enganada. O pior ainda está para vir."

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Já li... "O Guardião dos Objetos Perdidos", de Ruth Hogan (Editorial Presença, 2017)

Sinopse:

"Anthony Peardew passou metade da sua existência a guardar com todo o zelo objetos perdidos que ele encontrava, numa tentativa de se redimir de uma promessa quebrada muitos anos antes. Já perto do ocaso da sua vida, decide deixar a casa onde vive e os "tesouros" que nela foi reunindo a Laura, sua assistente e única pessoa a quem pode confiar a missão de restituir aqueles objetos aos seus legítimos donos. Mas os últimos desejos de Anthony têm repercussões verdadeiramente inesperadas... Uma brilhante história de amor e redenção que explora a importância da memória, a magia dos objetos e o que eles representam na nossa existência, e os elos inesperados que se criam entre todos nós."

Acabei de ler ontem. É um livro de leitura fácil e fluída, com uma linguagem muito acessível e que se lê com alguma rapidez (262 páginas). É uma história diferente, aliás, são várias histórias interligadas, com pormenores importantes que as ligam umas às outras (o que faz com que tenhamos de ter alguma atenção), com personagens curiosas e, de uma forma geral, simpáticas. Gostei, embora estivesse à espera de mais... Não me "prendeu" como estava à espera que acontecesse... Mas lê-se muito bem e é uma boa escolha para as férias!  

domingo, 19 de maio de 2019

Estou a ler... "O Guardião dos Objetos Perdidos", de Ruth Hogan




Comprei na sexta-feira passada, no Continente, com 50% de desconto. Gostei da capa, da sinopse... Comecei a ler. Vamos ver...

sexta-feira, 17 de maio de 2019

O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos






Esta edição, de 1978, é a que tenho até hoje e foi um dos meus primeiros livros de "crescida". Já se está a desfazer: capa e folhas soltas, a lombada quase não existe... A minha mãe e o meu segundo pai deram-mo quando eu tinha 8 anos. Acho que quando o li pela primeira vez não fazia a mais pequena ideia do que seria um pé de laranja lima... mas também não me lembro de me ter incomodado muito com isso. Depois dessa primeira vez, já o devo ter lido mais umas seis ou sete vezes... Primeiro porque, obviamente, gostei muito. Segundo, porque ao ritmo a que eu lia, não havia livros comprados, oferecidos, emprestados, requisitados à biblioteca, que chegassem... o que é que eu havia de fazer? Tinha de ler e reler os meus livros (uma, duas, três, sei lá quantas vezes) até chegar um novo.
Gostei/gosto tanto! A minha perceção foi mudando de cada vez que o lia, visto que a idade mudava também... Mas há uma coisa que esteve/está sempre presente: uma imensa tristeza de cada vez que o leio. E a descrição feita pelo autor acerca deste livro é perfeita: "História de um meninozinho que um dia descobriu a dor...". Esta frase faz-me recordar inúmeros momentos deste livro... e é tão verdadeira.
Por tudo isto, foi a escolha óbvia para começar este blogue. É um dos "meus" livros... É uma história que pertence a uma realidade que não é a nossa, mas que ao mesmo tempo reflete sentimentos que são os nossos e os de todos. É a história de um menino e da sua família, muito pobres, com muitas dificuldades, e que têm de lutar para perceber porque é que vale a pena viver. Porque os motivos às vezes parecem não existir. E é também a história de amizades perfeitamente inimagináveis. Muito, muito bonito. E muito, muito triste.


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Pezinhos de lã

Um blogue com este nome... só pode ser acerca de livros! Não sei como nunca me tinha passado pela cabeça fazer algo assim. Logo eu, que não vivo sem um livro. Desde sempre, desde que tenho noção de existir. Mas a ideia acabou por chegar... numa noite de insónias...
E é assim que quero começar... com pezinhos de lã. Tranquilamente, devagarinho, sem qualquer tipo de stress. Porque é exatamente isto que quero que este blogue seja: tranquilo, sem pressões e muito descontraído. Só assim faz sentido. Não quero preocupar-me com o que A ou B possa pensar, se a forma como escrevo é demasiado simples, se "fica bem" dizer que gosto do autor Y ou Z, o que vão achar se disser que gostei muito de um livro de que ninguém fala, se der uma opinião acerca de um livro que já li há 10 anos, se há intervalos demasiado grandes entre publicações... enfim, quero sentir-me em casa no meu blogue.