sexta-feira, 26 de julho de 2019

"Um Comércio Respeitável", de Philippa Gregory (Porto Editora, 2013)




Um excelente romance histórico, para quem gosta deste género. Eu gosto muito, aliás, gosto sempre dos livros da autora. É um romance passado no século XVIII, em Inglaterra, no tempo do comércio de escravos. A autora leva-nos até àquela época, através de uma escrita que nos transporta para os diversos locais onde a história se desenrola, sempre sem pausas, com um ritmo que nos faz não querer parar de ler. São abordados os temas da escravatura, dos negócios em que tudo era feito sem respeito pelos direitos humanos mais básicos, das regras de uma sociedade que vivia de aparências... Gostei muito, mas sou suspeita, porque gosto muito de romances históricos e particularmente dos da Philippa Gregory. Mais uma nota para a tradução de Maria do Carmo Figueira, que está muito boa.

Sinopse:
"1787. Bristol é uma cidade em franco crescimento, uma cidade onde o poder atrai os que estão dispostos a correr riscos. Josiah Cole, um homem de negócios que se dedica ao comércio de escravos, decide arriscar tudo para fazer parte da comunidade que detém o poder na cidade. No entanto, para isso, Cole vai precisar de capital e de uma esposa bem relacionada que lhe abra as portas necessárias.
Casar com Frances Scott é uma solução conveniente para ambas as partes. Ao trocar as suas relações sociais pela proteção de Cole, Frances descobre que a sua vida e riqueza dependem do comércio respeitável do açúcar, rum e escravos.
Entretanto, Mehuru, um conselheiro do rei de Ioruba, em África, é capturado, vendido e enviado para Bristol, onde será educado nos padrões ocidentais por Frances, por quem inexoravelmente, se irá apaixonar.
Em Um Comércio Respeitável, Philippa Gregory oferece-nos um retrato vívido e impresionante de uma época complexa onde impera a ganância e a crueldade que devastaram todo um continente."

sábado, 20 de julho de 2019

"A Grande Solidão", Kristin Hannah (Bertrand Editora, 2019)




Já não há muito mais que possa ser dito acerca deste livro... mas eu só o li agora, por isso, embora tarde, ainda gostaria de dizer uma ou duas coisas! Gostei mesmo muito, é incrível como nos sentimos no Alasca! Toda a descrição da vida naqueles locais é impressionante, é como se lá estivéssemos; muito, muito bom. As personagens são muito bem construídas, com uma evolução constante. A história é, infelizmente, mais comum do que se desejaria, com o tema da violência doméstica a prevalecer. Todo o sofrimento, a angústia, o desespero, a falta de esperança, enquadrado noutras situações também difíceis, e algumas tão longe da nossa realidade, dão que pensar e constroem um livro que vale a pena ler, sem qualquer dúvida. Só uma palavra para a excelente tradução (Marta Pinho), que faz toda a diferença para que um livro seja ótimo e não apenas bom.

Sinopse:
"1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido.
Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias soalheiros e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexoeriência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright.
À medida que o inverno se aproxima e a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas."

segunda-feira, 15 de julho de 2019

"A Bela Adormecida Assassina", de Mary Higgins Clark e Alafair Burke (Bertrand Editora, 2018)




Li "A Bela Adormecida Assassina", de Mary Higgins Clark e Alafair Burke (Bertrand Editora, 2018). Os primeiros policiais que li foram desta autora. Lêem-se muito facilmente, são levezinhos e têm normalmente um final completamente inesperado... Gosto muito.

Sinopse:
"Há quinze anos, Casey foi acusada de assassinar o noivo, um famoso filantropo, mas sempre afirmou a sua inocência. Cumpriu a pena, mas continua "sob suspeita".
Falam nas suas costas, não consegue arranjar emprego e até a própria mãe a trata como se fosse culpada. Agora, com o programa de Laurie, tem a última oportunidade de limpar o seu nome.
Alex Buckley faz uma pausa (interrompendo o potencial romance com Laurie) e é substituído por Ryan Nichols, um brilhante advogado de Harvard, que se opõe à apresentação do caso, porque tem a certeza de que Casey é culpada.
Laurie tem de enfrentar todos estes obstáculos para provar de uma vez por todas a inocência de Casey. Isto, claro, se ela estiver inocente..."

quarta-feira, 10 de julho de 2019

"Um dia naquele inverno", de Sveva Casati Modignani (Porto Editora, 2012)



Li Um dia naquele inverno, de Sveva Casati Modignani (Porto Editora, 2012). Já li diversos livros da autora e gosto sempre, de uns mais do que de outros. Este lê-se muito bem, sem perdas de ritmo, mas não foi dos meus preferidos... Acho que um dos fios condutores da história tem pouca lógica e que há uma certa falta de coesão em algumas partes; na minha opinião, claro! Temos mais uma vez a história de uma família italiana, com um elemento francês, que nos é contada entre o passado e o presente, dando relevo em cada uma das partes em que o livro se vai dividindo a uma personagem distinta. Gostei.

Sinopse: 
"Numa grande mansão, às portas de Milão, vivem os Cantoni, proprietários há três gerações da homónima e prestigiada fábrica de torneiras.
Aparentemente, todos os membros da família levam uma vida transparente, mas, na realidade, todos eles escondem segredos que os marcaram; existem situações que, ainda que conhecidas por todos, permanecem um tema tabu. Omite-se até a loucura de que sofre Bianca, a matriarca desta dinastia.
Um dia, entra em cena Léonie Tardivaux, uma jovem francesa sem dinheiro e sem parentes, que casa com Guido Cantoni, o único neto de Bianca. Léonie adapta-se bastante bem à rotina familiar, compreendendo a regra de silêncio dos Cantoni. Isso não a impede de ser uma esposa exemplar, uma mãe atenta e uma gerente talentosa, que, com bastante êxito, conduz a firma pelo mar hostil da recessão económica. No entanto, também ela cultiva o seu segredo, aquele que todos os anos, durante apenas um dia, a leva a largar tudo e a refugiar-se no Lago de Como."

quinta-feira, 4 de julho de 2019

"Pão, Mel e Amor", de Jenny Colgan



Li Pão, Mel e Amor, de Jenny Colgan (Leya - Quinta Essência, 2015). É um livro levezinho, de leitura muito fácil e que nos permite descansar de leituras mais pesadas. Nesta fase mais complicada em termos de trabalho, precisava de uma leitura que não exigisse demasiada concentração e que não fosse muito intensa. E este livro cumpriu as expectativas. Tem como cenário uma aldeia inglesa em que todos se conhecem, com características muito próprias e personagens interessantes. A história não é uma novidade mas é daquelas que é sempre agradável ler. Além disso, é um livro que fala de comida, pão principalmente, e que ainda traz algumas receitas... é um tema que me agrada particularmente!

Sinopse:

"Polly Waterford está a recuperar de um relacionamento tóxico. Incapaz de pagar a prestação do apartamento, tem de se mudar para longe de toda a gente que conhece, e vai parar a uma pequena estância balnear sonolenta, onde vive sozinha por cima de uma padaria abandonada. 
Polly começa então a sublimar as frustrações no seu passatempo favorito: fazer pão. O que antes era uma ocupação de fim de semana torna-se de repente muito importante, à medida que ela extravasa as suas emoções no amassar e no bater da massa, e o pão se vai tornando cada vez melhor. Com nozes e sementes, azeitonas e chouriço, com mel da região (cortesia do belo apicultor, Huckle), e com reservas de determinação e criatividade que Polly nunca julgou ter, ela coze e coze e coze... E as pessoas começam a ouvir falar disso. Às vezes, o pão é realmente a vida... E Polly está prestes a reclamar a sua."

Comentários / Críticas:

"Com um ritmo enérgico, é um livro divertido, comovente e carregado de boas observações."
Daily Mail

"Uma história de amor inteligente e espirituosa."
Observer